Estamos iniciando mais um ano. É
tempo de novos sonhos e desafios. É tempo de investimento e semeadura. A
vida é feita de escolhas e decisões. Se fizermos escolhas erradas e
tomarmos a direção errada distanciar-nos-emos do alvo de Deus para nossa
vida. Se fizermos uma semeadura errada, no campo errado, faremos também
uma colheita errada. A lei da semeadura e da colheita é universal.
Colhemos o que semeamos, e colhemos mais do que plantamos. Destacaremos
alguns princípios para a nossa reflexão:
1. A semeadura exige um tempo de preparação. Antes
de semear um campo, o agricultor prepara o terreno. Lançar a preciosa
semente sem primeiro arar a terra é trabalhar para o desastre. Na
parábola de Jesus, o semeador lançou a semente à beira do caminho, no
chão batido e sem umidade. A semente não penetrou na terra e por isso,
as aves dos céus vieram e comeram-na. Lançou também a semente no terreno
pedregoso e a semente até nasceu, mas por falta de umidade, mais tarde
secou. De igual forma, semeou no meio dos espinheiros e a semente ao
nascer foi sufocada, e mirrada, não produziu frutos. Apenas a semente
que caiu na boa terra frutificou a trinta, a sessenta e a cem por um.
Nós somos os semeadores e também o campo onde a semente é lançada.
Precisamos preparar nosso coração para receber essa divina semente!
2. A semeadura exige esforço e sacrifício. O
salmista diz que quem sai andando e chorando enquanto semeia, voltará
com júbilo trazendo os seus feixes. Muitas vezes devemos umedecer o solo
duro com as nossas próprias lágrimas. Semear não é coisa fácil: exige
preparo, esforço e sacrifício. Para semear precisamos sair e nos
desinstalar do nosso comodismo. Às vezes, nessa semeadura nós
encontramos toda sorte de resistência. Na parábola do semeador a semente
foi atacada pelos seres espirituais, racionais e irracionais. O diabo,
os homens, as aves, os espinhos e as pedras conspiraram contra a
semente. O diabo rouba, os homens pisam, as aves arrebatam, os espinhos
picam e as pedras ferem a semente. É por isso, que a semeadura, muitas
vezes, arranca lágrimas dos nossos olhos. Mas, o semeador não desiste
por causa do sacrifício da semeadura, ele sai andando e chorando
enquanto semeia pela certeza de que a colheita é certa, abundante e
feliz.
3. A semeadura determinada a colheita. Nós
colhemos o que semeamos. A colheita é da mesma natureza da semeadura.
Aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Quem semeia amizade,
colhe afeto. Quem semeia amor, colhe simpatia. Quem semeia bondade,
colhe misericórdia. Quem semeia no Espírito, do Espírito colhe vida
eterna; mas quem semeia na carne, da carne colhe corrupção.
Não podemos colher figos de espinheiros. A colheita não é apenas da
mesma natureza da semeadura, mas também mais numerosa que a semeadura.
Quem muito semeia, com abundância ceifará. Quem semeia ventos colhe
tempestade. A semeadura é apenas um vento, mas a colheita é uma
tempestade. Nossas palavras e ações são sementes que se multiplicam para
o bem ou para o mal. Precisamos ser criteriosos na escolha das
sementes. Estamos entrando pelos portais de mais um ano. Que tipo de
semente nós vamos semear, em nossa vida, em nossa família e em nossa
igreja? Que tipo de semeadura nós teremos em nossos estudos, em nossos
relacionamentos e em nosso trabalho? Como será nossa semeadura em nossa
vida espiritual? Que Deus nos ajude a semearmos com alegria e com
abundância no campo certo, usando as sementes certas, para colhermos os
frutos certos. Nós somos a lavoura de Deus e ele espera de nós muitos
frutos, pois é assim que ele é glorificado!
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